segunda-feira, 20 de abril de 2015

Jubileu Extraordinário – Ano da Misericórdia

     Pela sua actualidade este tema não fez, ainda, parte do plano de estudos e de aprofundamento da Fé, da nossa Escola da Fé.
  No entanto, todos os temas já abordados nesta mesma Escola da Fé permitem-nos melhor entender o que o Santo Padre pretende com esta iniciativa.
      Segundo S. João Paulo II :
“Na realização escatológica, a Misericórdia revelar-se-á como amor, enquanto no tempo, na história humana, que é conjuntamente história de pecado e de morte, o amor deve revelar-se sobretudo como Misericórdia e realizar-se também como tal. O programa messiânico de Cristo — programa de Misericórdia — torna-se o programa do seu Povo, da Igreja. Ao centro deste programa está sempre a Cruz, porque nela a revelação do amor misericordioso atinge o ponto culminante.”
     Neste contexto existem alguns lugares onde a Devoção da Divina Misericórdia é, sem dúvida, exaltada de uma forma diferente e muito mais “activa” .
    Destes lugares temos o prazer de conhecer dois deles que, gostávamos de lembrar e de sugerir uma visita, caso fosse, a mesma, compatível com as disponibilidades de cada um.
Em primeiro lugar gostaríamos de “apresentar” o Santuário da Divina Misericórdia:

     O Santuário da Divina Misericórdia localiza-se em Cracóvia, Polónia. O santuário consiste numa basílica situada junto ao convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia fundado pelo príncipe Aleksander Lubomirski em 1891.

     Entre 1999 e 2002, foi construído um novo templo, consagrado no dia 17 de agosto de 2002 pelo Papa João Paulo II, que abriga o túmulo de Santa Faustina Kowalska desde 1966. Também há no local uma torre independente, uma capela de adoração ao Santíssimo Sacramento, um anfiteatro, uma Casa Pastoral com hotel e restaurante, uma zona de comércio, estradas de acesso e estacionamento.

        Em 18 de Abril de 1993, João Paulo II declarou Maria Faustina Kowalska Beata diante de uma multidão de devotos da Divina Misericórdia que ocupavam a Praça de São Pedro em Roma. Foi canonizada em 30 de Abril de 2000. O Papa João Paulo II presidiu à cerimónia de canonização diante de uma multidão de peregrinos da Divina Misericórdia. Tanto a cerimónia que tornou Santa Faustina a primeira Santa canonizada no terceiro milénio quanto a cerimónia de beatificação foram realizadas no segundo domingo de Páscoa (o domingo seguinte ao domingo de Páscoa), dia que a Igreja Católica estabeleceu como Domingo da Divina Misericórdia.

Do legado de Santa Faustina surgiu a devoção à divina Misericórdia. Esta devoção considera que a principal prerrogativa de Jesus é a Misericórdia e que esta é a última tábua de salvação. Acede-se à Misericórdia pela confiança. Esta devoção é constituída pela mensagem da Divina Misericórdia, o Terço da Divina Misericórdia, a imagem da Divina Misericórdia e a Festa da Divina Misericórdia.

Em segundo lugar, gostaríamos de falar do Santuário do Amor Misericordioso de Collevalenza

     Em 1931, a paternidade misericordiosa é revelada por Jesus a Madre Esperança através do Crucifixo do Amor Misericordioso, onde Jesus pede ao Pai e obtém o perdão para o mundo inteiro, e posteriormente através do bom uso da Água do Amor Misericordioso no Santuário do Amor Misericordioso construído sob indicação de Jesus tal como o Poço e as Piscinas da Água do Amor Misericordioso.

    O Santo português São João de Deus, padroeiro dos doentes, enfermeiros e hospitais, é um dos santos protectores deste Santuário do Amor Misericordioso e São João Paulo II na sua primeira saída após atentado vem aqui agradecer a sua salvação à Divina Misericórdia. Lugar de cura da alma e do corpo por desejo do Bom Jesus que comunica à Madre Esperança, a 14 de Maio de 1949, «Com a Minha ajuda, com muitas angústias, fadigas, sofrimentos e sacrifícios, organizarás o último e magnífico laboratório que servirá de ajuda a todos, o Santuário dedicado ao meu Amor Misericordioso… através de bons exemplos atrairás a Mim todos os que visitarem este Santuário único do meu Amor Misericordioso…».

      «A Madre Esperança (Beatificada a 31 de Maio de 2014) testemunhou uma espiritualidade que oferece um contributo notável para a nova evangelização e para a construção de uma civilização de amor… Quem dela se aproximava, …apercebia-se que estava diante de uma criatura onde Deus fazia transparecer a Sua Misericórdia … “uma mensageira de esperança”…»DOM JOSÉ SARAIVA MARTINS, Fevereiro de 2003.

    Assim, com esta pequena descrição destes dois lugares privilegiados e de profunda espiritualidade, esperamos contribuir para que todos possam na realidade aderir ao apelo do Santo Padre.

 Ana Isabel e José Carlos (Pólo de Sesimbra - Palmela)



segunda-feira, 13 de abril de 2015


                                                       
                     Jesus eu confio em Vós.

   Neste sábado dia 11 de abril, foi proclamado oficialmente pelo Papa Francisco o 
Jubileu da Misericórdia que se iniciará a:
 8 de dezembro de 2015 e terminará a 20 de novembro de 2016
  Junto da Porta Santa na Basílica de S. Pedro foi publicada a Bula Rosto da Misericórdia. 
  Já no interior da Basílica, nas vésperas do Domingo da Divina Misericórdia, o Santo Padre afirmou que este não é o “tempo da distração” mas de os cristãos estarem vigilantes e olharem para o “essencial”, este é o tempo da Igreja “ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai”.

terça-feira, 7 de abril de 2015


Queridos irmãos e irmãs,
Jesus Cristo Ressuscitou!


O amor venceu o ódio, a vida venceu a morte, a luz afugentou as trevas! Por nosso amor, Jesus Cristo despojou-Se da sua glória divina; esvaziou-Se a Si próprio, assumiu a forma de servo e humilhou-Se até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus O exaltou e fê-Lo Senhor do universo. Jesus é Senhor!

Com a sua morte e ressurreição, Jesus indica a todos o caminho da vida e da felicidade: este caminho é a humildade, que inclui a humilhação. Esta é a estrada que leva à glória. Somente quem se humilha pode caminhar para as «coisas do alto», para Deus (cf. Col 3, 1-4). O orgulhoso olha «de cima para baixo», o humilde olha «de baixo para cima».

Na manhã de Páscoa, informados pelas mulheres, Pedro e João correram até ao sepulcro e encontraram-no aberto e vazio. Então aproximaram-se e «inclinaram-se» para entrar no sepulcro. Para entrar no mistério, é preciso «inclinar-se», abaixar-se. Somente quem se abaixa compreende a glorificação de Jesus e pode segui-Lo na sua estrada.

A proposta do mundo é impor-se a todo o custo, competir, fazer-se valer… Mas os cristãos, pela graça de Cristo morto e ressuscitado, são os rebentos duma outra humanidade, em que se procura viver ao serviço uns dos outros, ser não arrogantes mas disponíveis e respeitadores.

Isto não é fraqueza, mas verdadeira força! Quem traz dentro de si a força de Deus, o seu amor e a sua justiça, não precisa de usar violência, mas fala e age com a força da verdade, da beleza e do amor.

Do Senhor ressuscitado imploramos a graça de não cedermos ao orgulho que alimenta a violência e as guerras,
mas termos a coragem humilde do perdão e da paz. A Jesus vitorioso pedimos que alivie os sofrimentos de tantos irmãos nossos perseguidos por causa do seu nome, bem como de todos aqueles que sofrem injustamente as consequências dos conflitos e das violências em curso.
Pedimos paz, antes de tudo, para a Síria e o Iraque, para que cesse o fragor das armas e se restabeleça a boa convivência entre os diferentes grupos que compõem estes amados países. Que a comunidade internacional não permaneça inerte perante a imensa tragédia humanitária no interior destes países e o drama dos numerosos refugiados.

Imploramos paz para todos os habitantes da Terra Santa. Possa crescer entre israelitas e palestinenses a cultura do encontro e se retome o processo de paz a fim de pôr termo a tantos anos de sofrimentos e divisões.

Suplicamos paz para a Líbia a fim de que cesse o absurdo derramamento de sangue em curso e toda a bárbara violência, e aqueles que têm a peito o destino do país se esforcem por favorecer a reconciliação e construir uma sociedade fraterna que respeite a dignidade da pessoa. E almejamos que, também no Iémen, prevaleça uma vontade comum de pacificação a bem de toda a população.

Ao mesmo tempo, confiamos esperançosos ao Senhor misericordioso o acordo alcançado nestes dias em Lausanne, a fim de que seja um passo definitivo para um mundo mais seguro e fraterno.

Do Senhor Ressuscitado imploramos o dom da paz para a Nigéria, o Sudão do Sul e as várias regiões do Sudão e da República Democrática do Congo. De todas as pessoas de boa vontade se eleve incessante oração por aqueles que perderam a vida – penso de modo particular aos jovens mortos na quinta-feira passada numa Universidade de Garissa, no Quênia -, por quantos foram raptados, por quem teve de abandonar a própria casa e os seus entes queridos.

A Ressurreição do Senhor leve luz à amada Ucrânia, sobretudo àqueles que sofreram as violências do conflito nos últimos meses. Possa o país reencontrar paz e esperança, graças ao empenho de todos as partes interessadas.

Paz e liberdade, pedimos para tantos homens e mulheres, sujeitos a formas novas e antigas de escravidão por parte de indivíduos e organizações criminosas. Paz e liberdade para as vítimas dos traficantes de droga, muitas vezes aliados com os poderes que deveriam defender a paz e a harmonia na família humana. E paz pedimos para este mundo sujeito aos traficantes de armas.

Aos marginalizados, aos encarcerados, aos pobres e aos migrantes que tantas vezes são rejeitados, maltratados e descartados; aos doentes e atribulados; às crianças, especialmente as vítimas de violência; a quantos estão hoje de luto; a todos os homens e mulheres de boa vontade chegue a voz consoladora do Senhor Jesus: «A paz esteja convosco!» (Lc 24, 36). «Não temais! Ressuscitei e estou convosco para sempre!» (cf. Missal Romano, Antífona de Entrada no dia de Páscoa). Papa Francisco